Durante anos os dois amigos entravam no botequim, sempre à mesma hora, pediam dois uísques, faziam txim-txim com os copos, pagavam e saíam conversando amigavelmente. Certa tarde, veio um só.
— Então o seu amigo? — perguntou o taberneiro.
— Infelizmente, morreu.
— Então agora, só um uísque, não é verdade?
— Não. Dois. Eu continuo a beber por mim e a honrá-lo, bebendo por ele.
Tempos depois, o homem entra no botequim e pede só um uísque.
— Só para si, já se vê.
— Não, senhor. Deite só o do meu saudoso amigo. Eu já deixei de
beber.