O Joãozinho entra em casa a correr e mostra ao pai um canivete novo que achou na rua.
- Mas tens a certeza que foi perdido? – pergunta o pai.
- Foi perdido foi, que eu bem vi o homem à procura dele.
O Joãozinho entra em casa a correr e mostra ao pai um canivete novo que achou na rua.
Um lavrador entrou na mercearia da aldeia e pediu um bocado de presunto. Quando lho deram, cheirou-o e disse:
— Este presunto não está bom.
— Ora essa! Está bom, sim senhor
— Isso é que ele não está.
— Pois fique sabendo que o acabámos de curar a semana passada.
— Acabaram de o curar? Pois então é porque teve uma recaída!
Um amigo encontrou um amigo qualquer lá da categoria dele e disse:
— Ó nosso amigo, amanhã faço anos; o senhor procure a casa número quatro e sobe ao quarto andar; a porta fica só encostada; e o senhor toca à campainha com o cotovelo e empurra a porta com o pé.
— Home, mas diga-me uma coisa: mas como é essa conversa de tocar a campainha com o cotovelo, abrir a porta com o pé?!
— Então o senhor julga que vem com as mãos vazias…
Dois amigos iam de jornada. Um era muito gastador e outro muito poupado. Este foi escolhido para guardar o dinheiro. Todos os dias o outro lhe pedia dinheiro, mas inutilmente. Não podendo obtê-lo de dia, lembrou-se de obtê-lo de noite: deixava adormecer o companheiro e ia revistar-lhe os bolsos, mas sempre sem resultado.
No fim da jornada pediu ao outro que lhe dissesse onde escondia o dinheiro, e confessou que todas as noites lhe tinha revistado as algibeiras.
— Olha: eu previ que tu irias procurá-lo nos meus bolsos. Por isso, assim que apagávamos a luz, ia meter a bolsa num dos bolsos do teu casaco, e de madrugada ia tirá-la para o meu poder.
— Diga-me: quanto custa um bife com batatas?
— Dez euros.
— E sem batatas?
— O mesmo: dez euros.
— Então as batatas são de graça?
— Sim, senhor.
— Bem. Sirva-me um prato de batatas.
Na inspecção militar:
— Queixa-se de alguma coisa?
— De falta de vista, senhor doutor.
— Ao perto ou ao longe?
— Uma coisa e outra. O senhor doutor vê aquela mosca, ali na parede?
— Vejo.
— Pois eu não vejo.
O filme está a projectar-se, a sala, está às escuras e quase silenciosa, quando se ouve o estalar de uma valente bofetada, e a senhora, levantando-se, gritar ao homem que lhe apalpara â coxa:
— Seu patife! Seu atrevido! Seu malandro!
O homem levanta-se, pede licença para passar, às pessoas que estavam próximas, olha para trás, para a senhora, e diz-lhe em tom de ameaça:
— E lá em casa levas mais.
— Talvez aqui tenha um bom partido para si — diz o homem da agência de casamento — Uma menina bem linda, filha do dono duma grande empresa metalúrgica.
— Tem fotografias?
— Não. A menina disse que não tinha nenhuma que achasse capaz, mas ficou de me mandar ainda hoje, ou amanhã.
— Não estou, a pensar na fotografia da menina. Pergunto se tem fotografias das instalações metalúrgicas.
— Eu, quando preciso de pedir dinheiro emprestado, nunca recorro aos amigos.
— Nesse caso, estou incondicionalmente às suas ordens. Tem aqui um amigo até à morte!…
No eléctrico vai sentada uma bela rapariga. Um malandrão chega ao pé dela e segreda-lhe: «Se você me mostrasse um bocadinho mais dessa linda perna… eu dava-lhe esta nota!» — e mo-trou-lhe uma nota de cinco euros. A moça pegou na nota e, efectivamente, puxou a saia um centimetrozinho mais acima. O homem, estasiado, aventurou-se novamente:
—Se você puxasse um bocadinho de nada a mais… eu dava-lhe esta notinha… e estendeu-lhe dez euros.
A rapariga puxou a saia um bocadinho mais acima. E em seguida, pergunta-lhe:
— Olhe lá. Quanto é que me daria se eu lhe mostrasse o sítio onde fiz a operação à apendicite?
— Oh! Isso… dou-lhe vinte euros.
— Pois então dê-mos cá.
Ele estendeu-lhe a nota, ela recebeu-a, e ele verificou que ela, quietinha no banco, não fazia menção de levantar a saia. Começou a pensar que estava a ser ludibriado, e perguntou:
— Então? Mas onde é que foi?
— Olhe, foi ali! — e apontou o Hospital de Santa Marta, por onde nesta altura o eléctrico ia passando.
Na fronteira suíça os guardas interceptam um homem que transporta, numa bicicleta, um grande saco, cheio de areia. Revistam, e verificam que ele não mente: é um saco cheio de areia. O incidente repete-se dois dias depois, e na semana seguinte, e assim durante meses.
— É um louco — diziam os guardas-fiscais.
Os anos passaram. Um dos guardas reforma-se e encontra, por acaso, o ciclista.
— Afinal — pergunta ele —, é capaz de me dizer o que é que você passava noutro tempo, na fronteira, por contrabando.
— Nada. Somente bicicletas.
Na casa de antiguidades.
O cliente: — E diga-me: este armário é antigo?
O antiquário: — Sem qualquer dúvida, meu caro senhor. Aqui, todos os móveis que fabricamos são antigos.
Na montagem de electricidade de uma fábrica, o oficial diz ao ajudante:
— Ó Malaquias, sobe aqui esta escada. Vês aqueles dois fios?
— Vejo, sim senhor.
— Então agarra um.
O outro sobe a escada, e agarra num fio. Pergunta-lhe o oficial:
— Dá choque?
— Não.
— Então não mexas no outro, que é de alta tensão — 1000 volts.
— A mãezinha manda perguntar se nos pode emprestar o seu gira-discos.
— Querem dançar a estas horas da noite?
— Não, mas queríamos dormir.
No cinema:
— Estás bem sentada, minha querida?
— Estou, sim.
— Vês bem?
— Vejo sim.
— Não sentes nenhuma corrente de ar?
— Nada que se pareça com isso.
— Então troca de lugar comigo.
Comentar!